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28.4.05

Gosto de touradas.

27.4.05

O Banqueiro Anarquista

Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro, grande comerciante e açambarcador notável, fumava como quem não pensa. A conversa, que fora amortecendo, jazia morta entre nós. Procurei reanimá-la, ao acaso, servindo-me de uma idéia que me passou pela meditação. Voltei-me para ele, sorrindo.

- É verdade: disseram-me há dias que V. em tempos foi anarquista...

- Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista.


Assim começa o ensaio de Fernando Pessoa, "O Banqueiro Anarquista".
Façam um esforço e leiam-no, é curto e vale bem a pena. Cliquem aqui.
O "Banqueiro Anarquista" foi, depois da Bíblia, o livro que até hoje mais influenciou a minha vida, ou pelo menos, a minha forma de pensar.
Se em vez de ler o "Banqueiro Anarquista", preferirem visitar o site podem clicar aqui

26.4.05

Elegeram um católico para Papa.

Das três eleições de Papas que já assisti na minha vida, não tenho memória de ter lido ou escutado então, tamanha contestação à figura do cardeal eleito, como desta vez.
O mais curioso é que as críticas, quase todas elas, para não dizer mesmo todas, partiram de pessoas que nada têm a ver com o catolicismo.
Quis o destino, o Espírito Santo, ou simplesmente a maioria dos cardeais do conclave que fosse o cardeal Ratzinger, o escolhido.
Muito se lhe apontou, suponho que Bento XVI terá sido até mesmo acusado de ser católico. Mas que desejavam os críticos ? Alguém que não defendesse a igreja ou a fé católica ?
Bem sei que em Portugal estamos habituados que a república mais pareça uma monarquia, que a democracia na verdade seja uma partidocracia e etc. Mas não se pode pedir a um Papa que meta o catolicismo na gaveta. Esta é a dura realidade.