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5.12.01

El Corte Inglés
A sensação do momento em Lisboa é a abertura dos armazéns espanhóis "El corte inglés". Obviamente por razões que um dia talvez explique, lá fui ver aquilo. Ver, é força de expressão que os gajos ficaram-me com algum do meu rico dinheiro, à pala duns trapinhos lá adquiridos. Mas ainda assim, o que eu quero dizer é que me pareceu que os espanhóis, neste caso, não apanharam completamente a essência do espírito popular português, que pelos vistos é diferente do espanhol. Vejamos por exemplo, a zona dos cosméticos e perfumaria. Vocês estão a imaginar testeurs à descrição ? Pois eles lá têm. Quer dizer, dá para usar e abusar. Fixe, não ? Numa rápida apreciação verifiquei que em alguns expositores já faltavam metade das merdas e o que ainda resistia estava a ser furiosamente experimentado por uma multidão de senhorecas, das tais que não resistem a uma borla daquelas. Óbviamente.
E os larápios, confrontados com embalagens de eau de Toilette caríssimas, ali assim mesmo à mão de semear ? Ainda por cima com pouquíssimas câmaras de vigilância. Vai ser giro, vai.
No que me toca, vinguei-me como de costume na secção dos livros. Boa qualidade, muita variedade, um ambiente mais ou menos tranquilo. Dá para ir lendo à borla, embora ache que uns sofás confortáveis por ali dessem jeito. Se não for pedir muito, é claro.
Os amantes da música também estão bem servidos, assim como os putos reunidos em multidão ao redor das consolas de jogos video. Enfim, dá para curtir à bravex.
De resto tudo aquilo é um prazer para os olhos, por isso não me admirou ver um porradão de gente literalmente a passear por ali. Talvez os espanhóis se safem e acabem por sacar o deles, mas deu-me ideia de ver muito mais gente a passear do que realmente a comprar. Praticamente ninguém andava com sacos de compras nas mãos.
Finalmente, expressar a minha decepção relativamente à secção de lingerie feminina, nada sexy.
Falei e disse.

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