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29.7.05

Os recentes distúrbios nas galerias da Assembleia da República, aliás condenáveis, levam-me a fazer várias perguntas avulsas:
Não será de estranhar que a Assembleia da República seja o menos querido dos nossos orgãos de soberania ?
Será que nunca passou pela cabeça de nenhum deputado, nesta ou em qualquer legislatura, que a AR deveria ser uma espécie de amostra de Portugal e do seu povo, mas que de facto não o é ?
Afinal, além da função legislativa, não será verdade que a AR só deve existir porque é materialmente impossível enfiar 10 milhões de portugueses numa sala para discutirem os assuntos da nação e que portanto, a função primordial dos deputados será representar esses 10 milhões de portugueses ?
Então porque insistem os deputados em representar a direcção do seu partido na vez de representarem o povo ?
Porque se fala em "liberdade de voto", "disciplina de voto"... afinal o voto não é livre por definição ? A quem deve prestar contas um deputado, com quem é o seu compromisso ?
Mas qual foi, afinal, o deputado que elegi ? Qual deles é o que me representa ?
Porque não pode nenhum cidadão português, enquanto tal, candidatar-se à Assembleia da República, mas somente integrado em listas partidárias ?
Para finalizar:
Este regime é uma democracia ou um absolutismo partidário ?

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